No entanto, alguns pequenos enfrentam desafios nessa jornada que geram frustrações e comprometem sua qualidade de vida. Quer entender melhor quando deve se preocupar com essas questões?
Neste post, você aprenderá como identificar e avaliar as dificuldades na fala, conhecerá quais os tipos de problemas mais comuns e descobrirá as opções de tratamento disponíveis. Vamos nessa?
Continue a leitura e confira:
- o que é dificuldade na fala;
- quais os tipos de dificuldades na fala;
- por que é importante identificar e avaliar as dificuldades na fala;
- como identificar uma criança com dificuldade na fala;
- como tratar dificuldades na fala.
O que é dificuldade na fala?
Dificuldades na fala são transtornos que afetam a capacidade de produzir sons de maneira clara e compreensível. As causas desses distúrbios incluem fatores físicos, neurológicos ou de desenvolvimento, como gagueira, dificuldades articulatórias, apraxia da fala e disartria, que afetam pessoas de todas as idades.
Uma pesquisa realizada pela Epic Research revelou que a média de diagnósticos de atraso na fala aumentou de 9%, em 2018, para 16,9% no primeiro trimestre de 2023.
Esse aumento é mais acentuado entre crianças que completaram dois anos desde o início da pandemia, que têm mais chances de apresentar diagnóstico de atraso na fala em comparação às que atingiram a mesma idade antes.
De acordo com pesquisa realizada pela Research Gate, os principais fatores de risco que contribuem para o atraso na fala e na linguagem em crianças são:
- histórico familiar;
- hábitos prolongados de sucção;
- sexo masculino;
- anomalias orofaríngeas;
- problemas auditivos;
- infecções do ouvido médio.
Quais os tipos de dificuldades na fala?
Os tipos de dificuldades na fala incluem gagueira, caracterizada por repetições e bloqueios; distúrbios articulatórios, que envolvem a produção imprecisa de sons; apraxia da fala, um distúrbio neurológico que afeta a coordenação dos movimentos necessários para falar; e disartria, causada por fraqueza muscular ou falta de coordenação.
Leia também: O que pode atrapalhar o desenvolvimento da fala nas crianças
Por que é importante identificar e avaliar as dificuldades na fala?
Identificar e avaliar as dificuldades na fala em crianças é importante por várias razões. Confira as principais:
- desenvolvimento da linguagem e comunicação: problemas e atrasos na fala dificultam a comunicação eficaz e impactam negativamente a evolução da linguagem e as habilidades sociais das crianças;
- desempenho acadêmico: sem tratamento, as dificuldades na fala prejudicam o rendimento escolar, comprometem a aprendizagem e o engajamento nas atividades;
- autoestima e bem-estar emocional: enfrentar dificuldades na fala causa frustração, ansiedade e baixa autoestima, além de afetar o bem-estar emocional das crianças;
- acesso a tratamento e terapia: identificar e avaliar precocemente as dificuldades na fala possibilita o início do tratamento adequado mais cedo, o que aumenta as chances de sucesso no desenvolvimento da linguagem.
Como identificar uma criança com dificuldade na fala?
Para identificar uma criança com dificuldade na fala, observe sinais como atraso na aquisição de palavras, dificuldade em articular sons específicos, fala incompreensível, fluxo de fala interrompido, vocabulário limitado e dificuldade de seguir instruções. A persistência desses padrões indica a necessidade de avaliação profissional para intervenção adequada.
Entenda melhor cada um.
1. Atraso na aquisição de palavras
Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, mas é importante monitorar alguns marcos importantes.
Aos 12 meses, espera-se que a maioria das crianças diga sua primeira palavra. Aos 18 meses, elas dizem, pelo menos, 50 palavras. Aos 24 meses, a maioria é capaz de formar frases simples de duas palavras, como "mamãe aqui" ou "quer leite".
Se seu filho apresenta um atraso significativo em relação a esses marcos de aquisição da fala, é importante buscar avaliação profissional.
2. Dificuldade em articular sons específicos
Algumas crianças têm dificuldade para pronunciar determinados sons, como "r", "l" ou "s". Esse problema se manifesta de diferentes maneiras, como substituir o som por outro ("carro" por "calo") ou omitir o som ("bola" por "boa").
3. Fala incompreensível
É comum que crianças pequenas falem de forma incompreensível para adultos que não convivem com elas diariamente. No entanto, se a fala continua difícil de entender para pessoas do seu convívio mesmo após os 2 anos de idade, pode ser um sinal de dificuldade na fala.
4. Fluxo da fala interrompido
O fluxo da fala interrompido se manifesta de várias formas. A gagueira, um dos exemplos mais conhecidos, caracteriza-se por repetições de sons, sílabas ou palavras (como "ca-ca-casa"), prolongamentos de sons ("rrrrrato") ou bloqueios, quando a criança parece travada para continuar a fala.
Esses sintomas indicam distúrbios de fluência da fala, que variam em intensidade e impactam a comunicação da criança.
5. Vocabulário limitado
Crianças com dificuldades na fala frequentemente têm um vocabulário mais restrito em comparação aos seus pares da mesma idade.
Essa limitação significa desafios para encontrar as palavras certas para se expressar ou utilizar um número limitado de palavras em suas conversas diárias.
Essa limitação afeta a comunicação eficaz e o desenvolvimento da linguagem, além de impactar negativamente a interação social, o desempenho acadêmico e a autoconfiança da criança.
6. Dificuldade de seguir instruções
Desafios na fala também prejudicam a compreensão da linguagem. Se o pequeno tem dificuldade para seguir instruções simples ou para entender perguntas básicas, pode ser indício de um distúrbio de linguagem.
Saiba mais: 10 sinais de alerta: quando procurar ajuda fonoaudiológica para seu filho
Como tratar dificuldades na fala
O tratamento de transtornos e dificuldades na fala varia conforme o tipo e a gravidade do problema. No entanto, algumas abordagens comuns incluem:
1. Intervenção precoce
Iniciar as condutas terapêuticas o mais cedo possível melhora significativamente os resultados do tratamento. O acompanhamento regular com profissionais especializados identifica e aborda precocemente quaisquer dificuldades emergentes.
2. Terapia fonoaudiológica
Conduzida por fonoaudiólogos, a fonoterapia foca em uma variedade de distúrbios da comunicação como: fala, linguagem, voz, audição e deglutição.
Essa opção também está disponível por meio de fonoaudiólogos on-line que oferecem terapia de forma virtual acessível, conveniente e adaptada às necessidades individuais dos pacientes.
Confira: O que esperar em uma consulta com fonoaudiologia infantil
3. Terapia da fala
Visa, principalmente, à correção de problemas de fala, como articulação e fluência, por meio de exercícios e técnicas para melhorar a clareza e a precisão da comunicação. As modalidades desse tipo de terapia incluem sessões presenciais ou com fonoaudiólogos on-line.
4. Terapia de linguagem
Mais abrangente, aborda aspectos amplos da comunicação linguística como: compreensão auditiva, expressão verbal, gramática, vocabulário e habilidades pragmáticas (saber quando usar "por favor" e "obrigado" de forma adequada).
Indicada para dificuldades que vão além da fala, como compreensão limitada, problemas de expressão ou organização de ideias. Também acontece de forma presencial ou virtual.
5. Uso de tecnologia
Aplicativos e ferramentas digitais são recursos valiosos que complementam a terapia tradicional. Por exemplo, o "Speech Blubs", um app que dá feedback em tempo real para aprimorar a fluência e a articulação da fala de forma divertida.
6. Intervenção educacional
As escolas têm a capacidade de oferecer suporte adicional, como aulas de reforço ou acompanhamento com terapeutas da fala, para promover o desenvolvimento das habilidades de linguagem dentro do ambiente educacional.
7. Acompanhamento psicológico
O acompanhamento psicológico é importante para enfrentar os impactos emocionais das dificuldades na fala, como baixa autoestima e ansiedade, uma vez que oferece suporte e estratégias eficazes para aumentar a autoconfiança.
8. Abordagem multidisciplinar
Em casos complexos, é essencial uma equipe de profissionais de saúde, como fonoaudiólogos, psicólogos, pediatras e neurologistas, para criar um plano de tratamento personalizado e eficaz, adaptado às necessidades individuais das crianças.
Agora que você sabe como identificar e avaliar as dificuldades na fala em crianças, que tal dar o próximo passo para promover uma comunicação saudável e eficaz?
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