O que é TEA infantil: entenda as causas e sintomas

Imagine um mundo onde as cores são mais vibrantes, os sons mais intensos e as interações sociais um pouco mais desafiadoras. Essa é a realidade de muitas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição neurodiversa que afeta a maneira como elas se comunicam, interagem e se comportam.

Se você está se perguntando se o que é TEA e essa é a condição do seu filho, é importante saber que, mais que diagnóstico, o TEA é apenas mais uma característica que contribui para a singularidade do seu filho.

Neste guia vamos descobrir juntos:

  • Dados relevantes sobre o TEA
  • Qual a diferença do TEA e autismo
  • Sinais e sintomas do TEA infantil
  • Quais são os 18 sintomas de TEA
  • O que causa o autismo
  • Diagnóstico do TEA infantil
  • Como tratar o TEA
  • Terapia online para TEA

O que é TEA infantil?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) infantil é uma condição neurológica complexa que afeta o desenvolvimento da criança em áreas como a comunicação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. 

O quadro é considerado um "espectro" porque os sintomas e a gravidade variam consideravelmente de uma criança para outra.

O TEA geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida, e é caracterizado por desafios na interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamentos repetitivos ou interesses restritos. 

Algumas crianças com TEA têm habilidades cognitivas excepcionais em determinadas áreas, enquanto outras apresentam deficiências intelectuais.

É importante ressaltar que o TEA não é uma doença, mas sim uma condição que requer compreensão, apoio e intervenções adequadas para ajudar as crianças a atingirem todo o seu potencial.

Dados relevantes sobre o TEA

Em 2000, nos Estados Unidos, os registros de autismo apontavam para um caso a cada 150 crianças. Já em 2020, esse número subiu consideravelmente, com um caso do transtorno a cada 36 crianças. Essa mudança significativa nos dados, divulgados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), demonstra a importância de estar atento aos sinais do TEA e buscar ajuda profissional quando necessário.

Qual a diferença do TEA e autismo?

Embora as pessoas frequentemente usem os termos "TEA" e "autismo" de forma intercambiável, existe uma distinção importante. . O TEA é um termo abrangente que engloba diferentes condições do neurodesenvolvimento com características semelhantes, enquanto o autismo é uma das formas mais comuns de TEA.

Em resumo, o autismo é uma forma de TEA, mas nem todos os casos de TEA se classificam  como autismo clássico.

Sinais e sintomas do TEA infantil

Os sinais e sintomas do TEA infantil geralmente se manifestam antes dos 3 anos de idade e incluem:

1. Desafios na comunicação e interação social

  • dificuldade em iniciar ou manter uma conversa;
  • falta de contato visual ou expressões faciais limitadas;
  • dificuldade em compartilhar interesses ou emoções;
  • problemas em interpretar linguagem corporal ou expressões faciais dos outros.

2. Comportamentos repetitivos e interesses restritos

  • movimentos repetitivos, como bater palmas ou balançar o corpo;
  • insistência em rotinas e resistência a mudanças;
  • interesses intensos e restritos em determinados tópicos ou objetos;
  • hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais.

3. Atrasos no desenvolvimento

  • atraso na aquisição da linguagem ou ausência de fala;
  • dificuldades em habilidades sociais e de brincar;
  • atrasos no desenvolvimento cognitivo ou motor.

É importante lembrar que cada criança é única, e os sintomas variam em tipo e gravidade. Algumas apresentam habilidades excepcionais em determinadas áreas, enquanto outras enfrentam desafios mais significativos.

Quais são os 18 sintomas de TEA?

Na lista abaixo estão os 18 sintomas de TEA infantil, para assim dar uma visão abrangente das características presentes em crianças diagnosticadas com essa condição. 

Esses sintomas abrangem diversas áreas do desenvolvimento, desde a comunicação até o comportamento social e as habilidades motoras, e destacam aspectos-chave que indicam a presença do TEA. 

Entender esses sinais é fundamental para uma identificação precoce e um encaminhamento adequado para intervenções e suporte.

  1. Atraso no desenvolvimento da fala.
  2. Uso repetitivo de palavras ou frases.
  3. Dificuldade em manter contato visual.
  4. Falta de resposta ao nome.
  5. Preferência por estar sozinho.
  6. Dificuldade em entender sentimentos.
  7. Dificuldade em expressar emoções.
  8. Comportamentos repetitivos, como balançar ou girar.
  9. Insistência em rotinas rígidas.
  10. Reações incomuns a sons, cheiros ou texturas.
  11. Interesses intensos e restritos.
  12. Problemas com coordenação motora.
  13. Pouca resposta a estímulos sociais.
  14. Falta de jogo simbólico (fingir).
  15. Ecolalia (repetir palavras ou frases).
  16. Comportamentos autoagressivos.
  17. Problemas de sono.
  18. Questões alimentares, como seletividade extrema.

O que causa o autismo?

As causas exatas do TEA ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que a condição contemple  uma combinação complexa de características  genéticas e ambientais. Alguns fatores de risco conhecidos incluem:

  • Genética: a genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos indicam que a herdabilidade varia entre 64% a 91%.
  • Problemas durante a gravidez: certas complicações durante a gestação, como infecções, exposição a certos medicamentos ou substâncias tóxicas, aumentam o risco de TEA.
  • Idade dos pais: estudos indicam que filhos de pais mais velhos (especialmente pais com mais de 35 anos) têm um risco ligeiramente maior de desenvolver TEA.
  • Fatores ambientais: alguns fatores ambientais, como poluição do ar e exposição a certos produtos químicos, têm sido investigados como possíveis contribuintes para o TEA, embora mais pesquisas sejam necessárias.

É importante observar que nenhum desses fatores isoladamente causa o TEA, mas sua interação complexa aumenta o risco de desenvolvimento da condição.

Diagnóstico do TEA infantil

Uma equipe multidisciplinar, geralmente composta por pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, realiza o diagnóstico do TEA infantil.  O processo envolve:

  • Avaliação do desenvolvimento: observação detalhada do comportamento da criança, habilidades de comunicação, interação social e presença de comportamentos repetitivos ou interesses restritos.
  • Testes e escalas padronizadas: aplicação de testes e escalas específicas para avaliar o desenvolvimento e os sintomas do TEA, como o ADOS (Escala de Observação para o Diagnóstico do Autismo) e o ADI-R (Entrevista Diagnóstica Revisada para Autismo).
  • Avaliação médica: exames físicos e neurológicos para descartar outras condições médicas que possam causar os sintomas.
  • Coleta de informações: entrevistas com os pais ou cuidadores para obter informações detalhadas sobre o histórico de desenvolvimento e comportamento da criança.

O diagnóstico precoce permite intervenções e terapias adequadas o mais cedo possível, e isso potencializa o desenvolvimento da criança.

Como tratar o TEA?

Não existe uma cura para o TEA, mas há várias opções de tratamento e intervenções que ajudam a melhorar as habilidades e qualidade de vida das crianças com a condição. Os tratamentos mais comuns incluem:

1 . Terapia comportamental

Análise Aplicada do Comportamento (ABA) é uma das terapias mais utilizadas para crianças com TEA. Essa técnica se concentra em ensinar habilidades específicas e reduzir comportamentos indesejados por meio de reforço positivo e técnicas estruturadas.

2. Terapia de fala e linguagem

Fonoaudiólogos trabalham para melhorar as habilidades de comunicação verbal e não-verbal, bem como a compreensão da linguagem.

3. Terapia ocupacional

Os terapeutas ocupacionais ajudam as crianças a desenvolver habilidades para atividades diárias, como vestir-se, alimentar-se e brincar.

4. Intervenções educacionais

Programas educacionais especializados e ambientes de aprendizagem estruturados ajudam as crianças com TEA a desenvolver habilidades acadêmicas e sociais.

5. Medicação

Embora não haja medicamentos específicos para o TEA, alguns medicamentos são prescritos para tratar sintomas associados, como ansiedade, hiperatividade ou comportamentos desafiadores.

6. Terapias complementares

Algumas famílias optam por terapias complementares, como dietas especiais, suplementos nutricionais ou terapias sensoriais, embora sua eficácia não seja amplamente comprovada pela pesquisa científica.

É importante lembrar que cada criança é única, e o tratamento deve ser personalizado de acordo com suas necessidades específicas e objetivos de desenvolvimento.

Terapia on-line para TEA

A terapia on-line tem se mostrado uma opção viável e eficaz para crianças com TEA, que vivem em áreas com acesso limitado a serviços especializados ou para famílias que enfrentam dificuldades em se deslocar para consultas presenciais. 

As plataformas de terapia on-line permitem que crianças recebam suporte terapêutico em um ambiente familiar, o que reduz a ansiedade e aumenta a eficácia do tratamento.

E por falar em terapia on-line, agora que você já sabe o que é TEA infantil, se você notar sinais que possam indicar a presença do transtorno no seu filho, que tal fazer uma avaliação psicológica de forma virtual?

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